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Reeducação alimentar versus dieta. O que é melhor e dá mais resultados?

Reeducação alimentar versus dieta. O que é melhor e dá mais resultados?

A reeducação alimentar é uma mudança de estilo de vida, de hábitos, de padrão alimentar.

Se trata de reeducar e mudar nosso comportamento alimentar para uma alimentação mais equilibrada e saudável, em termos de qualidade, quantidade, horários e maneira como nos alimentamos.

A reeducação alimentar ideal requer que a pessoa aprenda a comer alimentos mais saudáveis, mais naturais e menos processados, no horário e quantidade adequadas, sem exageros, com consciência alimentar, ou seja, prestando atenção no alimento sem distrações (como TV ou celular), a fim de perceber realmente o que e como comemos, tendo consciência quando temos fome, quando ficamos saciados, e se temos mesmo fome ou somente vontade de comer, que são muito diferentes.

A reeducação alimentar deve ocorrer sem sacrifícios, é um processo contínuo, educativo e para a vida toda, não é nenhuma dieta da moda.

Quando nos reeducamos passamos a agir diferentemente e os resultados, no peso e na saúde refletirão essa mudança, com a conquista do emagrecimento saudável e o reequilíbrio da saúde, que são consequências naturais do processo de reeducação alimentar.

Também veremos a prevenção de diversas doenças, e quando já existentes acontecerá um melhor gerenciamento das condições de saúde através da alimentação saudável.

Na reeducação alimentar escolha sempre alimentos mais naturais e menos processados. A alimentação deverá ser variada com folhas, legumes, verduras, carnes, grãos integrais, frutas.

Coma com calma, com atenção, sem distrações.

Você pode manter uma alimentação saudável e de qualidade sem precisar de muito tempo.

Se for comer fora evite misturar muitos tipos de alimentos, e atenha-se aos mais naturais, e de fontes variadas.

Se não tiver muito tempo, melhor comer menos e corretamente do que muito e rápido.

As dietas variam muito, de tempos em tempos surge uma nova dieta, da “moda”, e em comum elas em geral são difíceis de ser mantidas por muito tempo.

Dietas que restringem alguns alimentos, ou em que só escolhemos alguns alimentos, se tornam mais difíceis de cumprir, são menos efetivas no médio e longo prazo podendo acarretar carências nutricionais diversas. As dietas da moda acarretam o conhecido efeito sanfona.

Nesses exemplos estão as dietas “da sopa”, “da lua”, exclusivamente a base de shakes, ou de proteínas além de outras dietas restritivas e limitantes, inclusive socialmente.

O jejum intermitente orientado por médico ou nutricionista pode ser uma alimentação efetiva, pois não é estranha ao nosso metabolismo e ritmo circadiano. Nossos ancestrais tinham esse ritmo alimentar, por vezes ficavam muito tempo sem se alimentar, e as reservas de gordura são utilizadas nesses momentos para suprir as necessidades calóricas.

Várias pesquisas têm demonstrado seu efeito benéfico em diversas condições de saúde como a síndrome metabólica e o diabetes mellitus, pois durante o jejum o organismo consegue reduzir a resistência à insulina, melhorando essas doenças e levando ao emagrecimento.

Porém ninguém deve iniciar um jejum intermitente sem antes consultar e orientar-se com seu médico assistente, já que cada pessoa tem condições próprias de saúde e deve certificar-se que pode seguir esse tipo de alimentação de forma segura e saudável.

A reeducação alimentar é preferível a uma dieta porque ela poderá e deverá ser seguida por toda a vida.

Tem efeitos principalmente a médio e longo prazo que se mantém no tempo.

Se trata de uma alimentação saudável, que beneficia a saúde, prevenindo e colaborando no tratamento das doenças existentes.

Uma dieta ao contrário geralmente é restritiva e pode ser prejudicial à saúde, além de ser de difícil acompanhamento e manutenção por tempo prolongado.

Pode ter efeitos no emagrecimento a curto prazo, mas a médio e longo prazo não se mantém, e as pessoas voltam a engordar, com prejuízos à saúde e ao metabolismo.
Um plano geral de alimentação, para pessoas que não tem restrição alimentar como por exemplo à lactose, ou glúten ou outras doenças e condições de saúde que requeiram alimentação especial, pode ser a seguinte:

Café da manhã com pão integral, ovo, queijos magros, café preto ou chá, frutas. Almoço com arroz integral e feijão (ou outro grão), folhas cruas, verduras cozidas, carnes magras, e frutas. O jantar pode ser semelhante ao almoço, variando os componentes. Nos intervalos uma fruta, ou algumas castanhas e oleaginosas (nozes, amêndoas), ou iogurte sem açúcar, chá de frutas.

Cuide sempre de sua alimentação, para que ela seja saudável, o mais natural e o menos processada possível, e coma com consciência, somente quando estiver com fome, não com vontade de comer.

Preste atenção no seu corpo, no que sente enquanto come, e coma tranquilamente, focado no que está fazendo. Essa é a receita para uma alimentação que gera saúde e qualidade de vida.